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segunda-feira, 14 de julho de 2008

As raras pulgas.

Muitas pularam, caíram e caem na armadilha das histórias drásticas de coisas que não precisam de alteração, apenas de memórias. O que lembra a história de raras pulgas. Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra: - Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos nutri sangue. Daí nossa existência de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é fatal. É por isso que existem muito mais marca do que pessoas. E elas contrataram uma formiga como consultora entrou numa escola de vôo, comandada pelo instrutor, o ex-ministro da aviação, Valdir Pires. Ele lhes falou sobre a crise aérea e o lamentável acidente com o avião da TAM e com o avião da GOL. Ao pousar em terra firme, se depararam com a ministra do turismo Marta Suplicy que lhe pediu para relaxarem e gozarem, pois a vida é bela. Em seguida, elas aprenderam a voar e saíram voando. Passando por algum tempo a primeira pulga falou para a outra: Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas aos pêlos do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da mordida dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente. E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha rainha, que ensinaram a técnica de voar. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou o porquê: Nossa bolsa de armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente escapa, mas não estamos nos nossos direitos ditos pelo IBAMA. Temos de aprender como as sanguessugas fazem para se alimentar com aquela rapidez. E um pernilongo lhes emprestou uma bolsa para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por pouco minutos. Como tinha ficado acertado, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saliente idéia: Oxi!, Vocês estão diferentes! Fez plástica? - Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do mundo moderno. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimentos. - E por isso que estão com cara de abelha? -Isto é temporário. Já estamos fazendo consultorias com um gafanhoto, que > vai nos ensinar a técnica de radar. E você? - Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia. Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas, não queriam dar a pata torcer. - Mas você não está preocupada com o abdômen? Não pensou em reengenharia? - Quem disse que não consultamos uma lesma como consultora. - O que as lesmas têm a ver com pulgas? Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas uma vez, fui dizer para uma lesma o que eu queria, deixei que ela aprendesse a situação e me sugerisse a melhor opção. E ela passou três dias ali quietinha, só urubuservando o movimento, e então ela me deu a tal decisão. - E o que a lesma sugeriu? Não mude nada. Apenas sente do lado do cachorro. È o único lugar que a pata dele não alcança? Foi o que eu fiz. Moral da História: Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes a grande mudança é uma questão de ver o mundo com outros desafios. Jobson Santana

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