O dólar apresenta alta nesta sexta-feira (27), com investidores digerindo uma bateria de dados econômicos do Brasil.
Às 14h58, a moeda norte-americana subia 0,23%, cotada a R$ 6,191 na venda.
Na máxima do dia, chegou a R$ 6,213. Já a Bolsa, no mesmo horário, tinha queda de 0,31%, aos 120.695 pontos.
No início da sessão, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou os números do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), uma espécie de prévia da inflação oficial do país.
O indicador fechou o acumulado de 2024 com alta de 4,71% —acima do teto da meta de inflação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é de 4,5% neste ano.
O resultado, contudo, ficou um pouco abaixo do verificado em 2023, de 4,72%, e é o menor desde 2020 (4,23%).
Considerando apenas o mês de dezembro, o IPCA-15 desacelerou a 0,34%, após marcar 0,62% em novembro. O resultado veio bem abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,46%, conforme a agência Bloomberg.
Em outra divulgação do IBGE, a taxa de desemprego atingiu 6,1% no trimestre até novembro. O indicador estava em 6,6% nos três meses até agosto, que servem de base de comparação.
Ao marcar 6,1%, a taxa renovou a mínima da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. Até então, o menor patamar havia sido registrado no trimestre até outubro de 2024, quando a desocupação foi de 6,2%.
Já o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e do Emprego, informou que o Brasil abriu 106.625 vagas formais de trabalho em novembro. O resultado ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 129.500 vagas.
Os dados indicam que a economia brasileira está aquecida, levando o mercado a precificar os efeitos sobre as decisões de juros do BC (Banco Central) no ano que vem.
A taxa básica do país, a Selic, deverá ter mais dois aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), conforme anunciado no último encontro do colegiado.
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