O parlamento da Coreia do Sul aprovou, nesta sexta-feira (27), a destituição de seu segundo presidente em menos de duas semanas.
O presidente interino e primeiro-ministro Han Duck-soo substituía o presidente eleito Yoon Suk-yeol, destituído do cargo em 14 de dezembro após promulgar lei marcial no país em reação a um suposto conluio de membros do parlamento com a Coreia do Norte.
O legislativo do país, dominado pela oposição, do Partido Democrático, contou com 192 votos de 300 possíveis a favor do impeachment do presidente interino. Para a sua destituição, era necessária apenas uma maioria simples.
O pedido de impeachment se deu após a oposição suspeitar que o então presidente interino estava evitando tomar decisões para não prejudicar Suk-yeol.
O primeiro-ministro teria se recusado a nomear três juízes para o Tribunal Constitucional do país, necessários para julgar o impeachment de Suk-yeol. Duck-soo afirmava que tomar tal decisão excederia o seu papel de caráter temporário. Entretanto, há precedente de juízes da corte terem sido nomeados por um presidente interino, quando em 2016, Hwang Kyo-ahn nomeou juízes para o processo de impeachment da presidente titular, Park Geun-hye.
Esta foi apenas a primeira vez na história da Coreia do Sul em que um presidente interino foi afastado do cargo. Com a deposição de Duck-soo, quem assume o cargo é o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, conforme prevê a constituição do país.
A primeira audiência para apurar o impeachment de Suk-yeol aconteceu nesta sexta-feira e a corte tem um período de seis meses para decidir se acata a decisão do Parlamento.
O impeachment de Duck-soo também será apurado pelo Tribunal Constitucional sul-coreano. Duck-soo foi acusado pela oposição de participar da imposição da lei marcial que levou o titular ao impeachment.
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