O STF (Supremo Tribunal Federal) analisa atualmente cinco inquéritos que miram o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos ou apoiadores na área criminal. Já no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tramitam outras duas apurações que envolvem o chefe do Executivo.
Apesar de a maioria estar em curso há mais de um ano, essas investigações foram impulsionadas nos últimos dias.
Na apuração mais recente, determinada nesta quinta-feira (12) pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes, o mandatário será investigado por suposto vazamento de informações sigilosas de inquérito da Polícia Federal instaurado em 2018 para averiguar invasão hacker a sistemas eletrônicos da Justiça Eleitoral. A apuração foi proposta pelo TSE.
Na sequência de atos das últimas semanas, Moraes determinou a retomada da apuração sobre a suposta interferência do presidente no comando da PF, um inquérito que estava parado havia quase um ano. O ministro é o relator da maioria dos casos em tramitação no Supremo.
Também em reação às falas de Bolsonaro, o ministro incluiu o presidente como investigado no inquérito das fake news, a pedido do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Moraes e Barroso são atualmente os alvos preferenciais das críticas bolsonaristas.
Há pendente um pedido do corregedor-geral eleitoral, Luís Felipe Salomão, para o compartilhamento de provas dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos com a ação que pode levar à cassação do presidente no TSE.
A ação apura se a chapa de Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão (PRTB), foi beneficiada com a disseminação sistemática de fake news via Whats-App nas eleições de 2018.
A investigação foi iniciada após o jornal Folha de S.Paulo revelar a existência de um esquema bancado por empresários apoiadores do presidente para o disparo em massa de notícias falsas.
Cabe também a Moraes deliberar sobre uma proposta da PF para ter acesso a informações da CPI das Fake News para eventual aproveitamento no inquérito sobre o funcionamento de uma quadrilha responsável por ataques à democracia na internet. Nesse caso, filhos e auxiliares palacianos do presidente foram mencionados na investigação.
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