A farmacêutica Pfizer, responsável pela fabricação de uma das vacinas contra a Covid-19, disse a senadores brasileiros que não aceita as exigências feitas pelo governo brasileiro para vender seu imunizante no país.
A informação foi repassada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em reunião com executivos do alto escalão da empresa para buscar soluções legislativas que contornem os obstáculos impostos.
O problema é que a Pfizer quer que o governo brasileiro se responsabilize por eventuais demandas judiciais decorrentes de efeitos adversos da vacina, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda o registro ou a autorização para uso emergencial, e o governo federal não aceita.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a farmacêutica também quer que qualquer litígio com o governo brasileiro seja resolvido em uma Câmara Arbitral de Nova York e pede que o governo renuncie à soberania de seus ativos no exterior como garantia de pagamento, além de constituir um fundo garantidor com valores depositados em uma conta no exterior.
A Pfizer afirma que só Brasil, Venezuela e Argentina não aceitaram suas cláusulas, que seguem um padrão internacional. O Chile, outro país da América do Sul, assinou contrato e recebeu milhões de doses do imunizante em dezembro.
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