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domingo, 3 de outubro de 2010

Desinformação faz eleitor reclamar de demora em Lisboa

Informações desencontradas fazem com que eleitores reclamem da demora na votação em Lisboa. “Todos os anos em 10 minutos estava resolvido”, diz o pintor de móveis Cleosmar Ferreira Lima, de 43 anso, que já aguardava o dobro de tempo na fila. O motivo é a mudança de seções eleitorais por causa do recadastramento dos títulos de eleitor. Assim, quem vem votar com o título antigo precisa descobrir na hora qual é a seção em que vai votar – o número anterior não vale. Os documentos novos, com o número certo, estão sendo distribuídos no local da votação, o que tem causado filas. Cerca de 400 pessoas aguardavam por volta das 10h30. Não há, nas salas de votação, listas com os nomes das pessoas que votam ali – as relações foram colocadas às 10h55 na entrada da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde ocorre a eleição. A votação começou às 8h. “Falaram para mim que eu tinha que trocar o meu título. Estou aqui desde 2001 e nunca teve problema”, diz a empregada doméstica Ana Valentim, de 46 anos, que pediu um intervalo à patroa para votar. “Causa uma dificuldade. Das outras vezes foi rapidinho”, conta. “Eu não sabia. Me disseram para pegara fila para pegar o título”, diz a também empregada doméstica Márcia Reis, de 49 anos, que pela primeira vez vai votar em Portugal. Segundo o vice-cônsul Ernando, os títulos estão disponíveis há 3 anos no consulado, mas as pessoas deixaram para a última hora. Assim como no Brasil, o título não é indispensável para votar. Por isso, em Lisboa, há funcionários a percorrer as filas indicando o novo número de seção aos eleitores, para que esses possam retirar o novo documento em outra oportunidade. Lisboa tem 12,4 mil votantes, sendo o segundo colégio eleitoral fora do Brasil – o primeiro é Nova York. O número de eleitores em Portugal triplicou desde 2006, para 23,2 mil.

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