O reajuste do teto do valor dos imóveis que podem usar recursos do FGTS (fundo de garantia) deixou de fora os contratos de financiamento assinados nos últimos quatro anos, criando um limbo regulatório que já mobiliza bancos e agentes do setor.
A decisão será reavaliada em reunião extraordinária do Conselho Curador do fundo marcada para a próxima quarta-feira (26), quando o governo pode ceder à pressão para ampliar o alcance da medida.
Desde 10 de outubro de 2025, imóveis de até R$ 2,25 milhões podem ser financiados dentro das regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), o que amplia o uso do FGTS para segmentos de renda mais alta. Até então, o limite era de R$ 1,5 milhão.
Na prática, isso significa que trabalhadores com saldo no FGTS passam a ter mais margem para comprar imóveis de maior valor, especialmente em mercados aquecidos como São Paulo, Rio e Brasília, onde o limite anterior já não refletia a realidade de preços.
Os bancos defendem que ampliar o uso do FGTS para esses contratos poderia melhorar a liquidez das carteiras e reduzir o risco de inadimplência e defendem a incorporação deles ao novo teto de R$ 2,25 bilhões.
Já os contratos fechados até 11 de junho de 2021 e que estavam acima dos limites de valor do SFH podem agora migrar para o sistema, desde que os imóveis passem por nova avaliação e atendam às exigências atuais.


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