A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abolição violenta ao estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa após concluir que ele esteve envolvido nos planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de Bolsonaro, foram indiciados nesta quinta-feira (21) os generais, Braga Netto, ex-candidato a vice na chapa de 2022 e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e Augusto Heleno, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
De acordo com informações do G1, o relatório realizado pela Polícia Federal foi concluído esta tarde e agora será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento tem mais de 800 páginas.
Caberá à Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados e à Corte, julgá-los. Além de Bolsonaro, Heleno e Braga Netto, foram indiciadas mais 34 outras pessoas envolvidas no plano golpista.
Entre os nomes, aparece o do delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da ABIN, a Agência Brasileira de Inteligência; e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro.
A Polícia Federal aponta Bolsonaro organizou reuniões para debater a possibilidade de dar um golpe de Estado, juntamente de ministros e oficiais das Forças Armadas, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2024.
De acordo com a investigação da PF, o plano não se concretizou porque não teve o aval dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica.
O general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, chefes das respectivas Forças, prestaram depoimento à PF na condição de testemunha e implicaram o ex-presidente na trama.
As investigações afirmam que Bolsonaro analisou e pediu alterações à minuta golpista. A defesa dele sempre negou que ele tenha participado da "elaboração de qualquer decreto que visasse alterar de forma ilegal o Estado Democrático de Direito".
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