Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) levaram o apagão que atinge a capital paulista ao centro do debate da Band, nesta segunda-feira (14), o primeiro encontro entre eles no segundo turno.
O embate no primeiro bloco se deu em relação às responsabilidades da prefeitura, da empresa Enel e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Os dois estão usando o apagão, que começou após temporal na sexta-feira (11), como campo de batalha eleitoral, com cobranças mútuas de responsabilidade e trocas de acusações nas redes sociais. O tema, visto como uma oportunidade pela campanha do PSOL, também foi levado às propagandas de TV e rádio.
O apagão, que afetou mais de 2 milhões de residências em São Paulo, completou três dias nesta segunda. Balanço divulgado à noite pela Enel afirmou que cerca de 340 mil imóveis continuavam sem luz.
Os dois candidatos já chegaram à emissora antecipando o tom do debate, com Boulos afirmando na entrada que Nunes é omisso, e o prefeito rebatendo o deputado com a crítica de que ele quer "lacrar". O parlamentar disse que cerca de 500 mil pessoas, sem energia, não conseguiriam assistir ao debate.
O programa teve o modelo de banco de tempo nos blocos de confronto direto, e os concorrentes podiam transitar pelo estúdio, o que provocou alguns embates dos dois frente a frente e trocas de alfinetadas.
Os dois usaram a questão elétrica para alfinetarem os respectivos padrinhos, o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A estratégia do atual prefeito na crise elétrica é culpar o governo federal, dizendo que cabe a ele romper o contrato, já que a concessão de energia é federal.
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