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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Minuta de relatório pede que Receita investigue Ricardo Barros


A minuta do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, elaborada pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), pede que a Receita Federal investigue as empresas do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). 

O deputado se tornou alvo da comissão por ter relação com pessoas investigadas pela CPI e depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse aos senadores que, ao denunciar suspeitas envolvendo aquisição de vacinas contra Covid ao presidente Jair Bolsonaro, o mandatário disse que a questão parecia ser "rolo" do líder do governo.

O relator pede a mesma apuração em relação ao empresário Francisco Maximiano, sócio da empresa Precisa Medicamentos, que chegou a firmar um contrato de R$ 1,6 bilhão com o governo para a venda de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, do laboratório Bharat Biotech.

No relatório, Renan cita que as empresas de Barros "têm comportamento operacional atípico", com "quantidade de empregados absolutamente incompatível com o faturamento milionário que ostentam, sem emissão de documentos fiscais".

 O texto descreve que o deputado é sócio de mais de duas dezenas de empresas, sendo uma delas a RCI Incorporações, na qual Barros tem 50% de participação e sua esposa, os outros 50%. 

Segundo apuração, em 2017, ano em que o parlamentar era ministro da Saúde, a empresa teve receita bruta no valor de R$ 1,8 milhão, sem emitir ou receber nota fiscal e tendo apenas um funcionário.

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