Mesmo em meio à pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde quer propor a redução do número de profissionais de saúde nos presídios. Não satisfeito, planeja aumentar a quantidade de presos atendidos de 1,2 mil para até 2,7 mil por esses mesmos profissionais. As informações são do jornal O Globo.
A proposta ainda reduz os valores máximos dos repasses, de R$ 73 mil para R$ 41,5 mil, retira médicos psiquiatras e psicólogos das cadeias e prevê diminuição dos gastos anuais do Sistema Único de Saúde (SUS) na prestação de serviços para os detentos.
Vale lembrar que 193 pessoas no sistema prisional brasileiro já morreram por causa da Covid-19. Ao todo, foram 110 presos e 83 servidores. Os casos confirmados já chegam a 36,5 mil, de acordo com dados de um painel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O aumento de casos a cada 30 dias está na faixa dos 35%.
Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Maranhão já se posicionaram contra a ideia. O governo carioca acredita que isso pode causar avanço da atuação do crime organizado nos presídios.
Outro ponto seria a perda de ações de saúde mental nesses locais. O detento dependente de drogas e aqueles que adoecem pelo encarceramento não terão apoio psicológico.
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