O pleito pedia a investigação por conta da nota em que ele afirmou que, se o STF autorizasse a apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ocorreriam "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".
Para Celso de Mello, essa declaração foi "inacreditável e inconcebível". “Nada pode autorizar o desequilíbrio entre os cidadãos da República, estejam estes no desempenho, ou não, de funções públicas, sob pena de transgredir-se o valor fundamental que informa a própria configuração da ideia republicana, que se orienta pelo vetor axiológico da igualdade”, disse o magistrado na decisão.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o magistrado pontuou que a experiência histórica do país revela e adverte que “insurgências de natureza pretoriana culminam por afetar e minimizar a legitimidade do poder civil e fragilizar as instituições democráticas, ao mesmo tempo em que desrespeitam a autoridade suprema da Constituição e das leis da República e agridem o regime das liberdades fundamentais”.
Mesmo com essas críticas, o ministro arquivou o pedido por julgar que não cabe a terceiros pedir a apuração do episódio, mas sim ao Ministério Público.
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