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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Metralhadora apreendida no Rio é um 'canhão' capaz de partir um veículo ao meio

A metralhadora apreendida nesta quarta-feira, 19, no Rio, é um "canhão", capaz de cortar um carro blindado ao meio. Foi o que ocorreu 2016, quando foi usada na guerra do tráfico na fronteira com o Paraguai. Na noite de 15 de junho, Jorge Rafaat, o chefão de uma facção binacional do eixo Pedro Juan Caballero-Ponta Porã, foi assassinado a tiros. Ele viajava em um utilitário Hammer, couraçado com placas cerâmicas (um tipo sofisticado de blindagem) quando foi atingido pelos disparos de uma Browning.50 montada sobre a caçamba de uma caminhonete. O Hammer foi partido em dois.

Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) do Rio apreenderam na quarta a metralhadora Browning.50. Trata-se do maior armamento já apreendido no Estado do Rio de Janeiro.

Desenhada em 1919 e em produção regular nos Estados Unidos há 85 anos, a arma é usada em cerca de 120 Forças Armadas do mundo todo.



A munição é a maior da série .50 (12,7 mm). A metralhadora pesa de 38 kg a 58 kg, de acordo com a configuração, e dispara na cadência de 450 a 650 tiros por minuto, com alcance de destruição em um raio de 1.800 metros. O uso não é simples. Exige treinamento e bom conhecimento dos mecanismos de acionamento, alimentação e refrigeração.

Desde 2013 ao menos quatro unidades foram apreendidas em arsenais de organizações criminosas. O Exército brasileiro investiga a origem das armas. A Polícia Federal acredita que tenham sido desviadas de estoques regulares de Forças Armadas de países vizinhos.

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