O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), admitiu à Justiça Federal o pagamento de 229 mil euros à H. Stern por joias compradas para a primeira-dama à época, Adriana Ancelmo. As informações vieram a público nesta segunda-feira, 17, embora a confissão tenha ocorrido na última quarta, 12.
A executiva Maria Luiza Trotta, diretora comercial da joalheria, assinou um acordo de delação premiada no começo do ano, onde citou valores das peças mais caras vendidas ao ex-governador em várias aquisições entre 2012 e 2015. A lista inclui um brinco de brilhantes solitários de R$ 1,8 milhão, um anel de rubi de R$ 600 mil e um brinco de R$ 25 mil.
Além disso, de acordo com a joalheria, ainda existem duas peças que não estão entre as 143 apreendidas pela Polícia Federal (PF) no cumprimento de três mandados de busca e apreensão para tentar localizá-las, em novembro e dezembro de 2016 e em junho deste ano.
Maria Luiza afirmou que Cabral, em meados de 2015, comprou um anel e um par de brincos, ambos de ouro branco com safira, que, somados, valem R$ 773 mil. Na maior parte dos casos, as compras foram feitas sem nota fiscal, com o objetivo de ocultar o real nome do comprador. A PF, o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita acreditam que as joias da esposa do ex-governador foram compradas para lavar parte do dinheiro obtido no esquema de corrupção e pagamento de propina a agentes públicos.
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