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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

MP denuncia 1ª mulher por crimes da ditadura

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou na últma segunda-feira, 12, a primeiro-tenente da Polícia Militar Beatriz Martins, a agente Neuza, e o sargento Ovídio Carneiro de Almeida, o agente Everaldo, e o informante do Exército João Henrique Ferreira de Carvalho, o Jota, pelas mortes de três militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN).

Neuza é a primeira mulher e Jota o primeiro informante denunciados pelo MPF por causa de assassinatos ocorridos no regime militar. Neuza e Everaldo eram agentes do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do 2.º Exército (com sede em São Paulo).

Eles são acusados das mortes de Arnaldo Cardoso Rocha, do comando da ALN, e dos militantes Francisco Emmanuel Penteado e Francisco Seiko Okama, que ocorreram na Rua Caquito, na Penha, na zona leste, em 15 de março de 1973. Dias antes, Rocha havia escapado de uma emboscada montada pelos militares pouco depois de se encontrar com Jota. Foi o informante então militante da ALN quem levou os integrantes da Seção de Investigação do DOI até os três, que foram metralhados pelos militares.

Horas antes da ação do DOI, Okama encontrou-se com Jota. Depois que se separou do informante, Okama foi seguido pelo DOI até a Penha. Neuza viu quando Penteado e Rocha chegaram. Os militantes foram surpreendidos por três agentes do DOI que se aproximaram em um fusca. Eram os agentes Everaldo, Alemão e Melancia.

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