Labels

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ministério tem novos resultados de estudos de pílula contra câncer

Jobson Santana


O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) divulgou, nesta terça-feira (16), novos resultados de pesquisas sobre a fosfoetanolamina, composto que ficou conhecido como "pílula do câncer". O estudo, que avaliou o efeito da fosfoetanolamina sobre camundongos com melanoma, apontou que a substância foi capaz de reduzir a massa tumoral, porém com efeito menor do que a ciclofosfamida, já usada como quimioterapia contra câncer.




O teste, feito pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC), de Fortaleza, utilizou o melanoma, tumor agressivo que tem sido usado como modelo para estudar imunoterapia em animais. Células de melanoma foram inoculadas em cinco grupos de 10 camundongos.

Cada grupo recebeu uma estratégia diferente de tratamento: doses de 200 mg/kg, de 500 mg/kg e de 1000 mg/kg de fosfoetanolamina, dose de 25 mg/kg do quimioterápico ciclofosfamida e uma solução salina de 0,9%. Os animais receberam o tratamento durante 16 dias consecutivos após a inoculação das células cancerígenas.

Ao final desse período, a dose maior de fosfoetanolamina foi capaz de reduzir em 64% a massa tumoral. A redução, porém, é menor do que a que foi obtida com a ciclofosfamida, quimioterápico já disponível no mercado, que reduziu a massa tumoral em 93%. As doses menores da fosfoetanolamina não tiveram efeito estatisticamente relevante.

A dose maior da fostoetanolamina também foi capaz de reduzir o número de leucócicos e de plaquetas no sangue em comparação com o grupo controle.

Outros dois relatórios divulgados pelo MCTIC nesta terça-feira trazem resultados de estudos sobre a fosfoetanolamina feitos pelo Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), de Florianópolis-SC. Eles abordam o perfil farmacocinético da substância e o desenvolvimento de uma metodologia para determinação da fosfoetanolamina sintética.

O MCTIC coordena, ao lado do Ministério da Saúde, uma iniciativa federal para pesquisar a substância, anunciada em outubro de 2015. Na ocasião, foi anunciado que o projeto teria um financiamento de R$ 10 milhões por parte do MCTIC.

0 comentários: