quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Será o fim?!
Os líderes das duas formações políticas mais votadas na Bélgica, o socialista francófono Elio di Rupo (PS) e o nacionalista conservador flamengo Bart De Wever (N-VA), retomam nesta quarta-feira, após dez dias sem contato, as negociações para formar Governo, sob ameaça do fim do Estado belga.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, André Flahaut (PS) e Danny Pieters (N-VA) serão os mediadores, uma missão para a qual foram designados oficialmente pelo rei no último dia 4 após a renúncia de Di Rupo a seguir coordenando os esforços por formar um novo Executivo.
O encontro é interpretado pela imprensa belga como uma nova tentativa de pôr fim à crise política e aproximar posições entre os sete partidos do norte e do sul do país dos quais sairá previsivelmente a nova coalizão governamental.
Enquanto isso, crescem as especulações sobre a possível divisão do país perante a dificuldade para definir uma reforma do Estado que permita dar à Bélgica um Executivo federal. O fato de os políticos e imprensa francófonos falarem abertamente sobre o fim da Bélgica como Estado é considerado pelos flamengos uma manobra para forçar o acordo.
Os principais pontos de atrito entre a metade norte do país (Flandres, que fala a língua holandesa) e o sul (Valônia, francófona) seguem sendo a transferência de competências federais às regiões e a situação da região-capital de Bruxelas.
Os líderes políticos acreditavam ter superado as dificuldades para setembro, mas a Bélgica reatou o curso político com um Governo ainda interino, o que supõe a paralisação de numerosas questões políticas e administrativas e projeta uma imagem de instabilidade em um momento no qual o país exerce a Presidência rotatória da UE.
Os sete partidos que negociam a reforma são três valões - socialistas (PS), verdes (Ecolo) e centristas ex-democratas-cristãos (CDH) - e quatro flamengos - socialistas (SP.A), verdes (Groen), democratas-cristãos (CD&V) e soberanistas (N-VA).
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