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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Câncer de colo mata duas vezes mais que os casos notificados

No Brasil, este ano, devem ser diagnosticados 18.430 novos casos de câncer de colo de útero, de acordo com prognóstico do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. Deste total, estima-se que 1.030 sejam detectados na Bahia, o que equivale a 14 mulheres a cada grupo de 100 mil e representa cerca de 5,6% do total do País. Os índices, entretanto, devem ser bem superiores, pois há subnotificação. Um estudo divulgado no início deste mês pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro avaliou mais de nove milhões de atestados de óbito registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade de 1996 a 2005. Os pesquisadores concluíram que o número de mortes por câncer de colo de útero é duas vezes maior que o registrado. A distorção no número de mortes, indicou o estudo, chega a 339% no interior do Nordeste, contra 35% nas capitais da Região Sul. Não há recorte específico para a Bahia, mas a subnotificação no Estado ainda é significativa. Essa realidade é confirmada pela enfermeira Solange Souza Santos, técnica de saúde da mulher da Diretoria de Gestão de Cuidados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Ela, no entanto, ressalta que desde 2007 a Sesab vem enfatizando a capacitação de profissionais que alimentam o sistema de coleta de dados. Solange explica que, no âmbito do programa Viva Mulher, de controle dos cânceres de colo de útero e de mama, há dois sistemas – o Siscolo e o Sismama, respectivamente –, desenvolvidos pelo Inca.

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