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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Fabrício Werdum revela danos no cérebro em ação contra o UFC

Um novo registro no processo antitruste do UFC revelou novas declarações de 51 lutadores escrevendo cartas de apoio ao acordo proposto que finalizaria o acordo do caso, que já dura uma década.

O UFC havia chegado a um acordo de US$375 milhões (cerca de R$2,1 bilhões) para encerrar o processo, que foi aberto em 2014 por lutadores que já competiram na organização, entre eles Cung Le. U

m acordo inicial de US$335 milhões (cerca de R$1,9 bilhão) para o processo envolvendo lutadores que atuaram no evento entre 2010 e 2017, e outro seria para lutadores de 2017 em diante, mas ele acabou rejeitado pelo juiz Richard Boulware, em julho, que remarcou a continuidade do caso para o dia 3 de fevereiro de 2025.

O caso voltou à mesa de negociações para um novo acordo, que cobriria apenas os lutadores de 2010 a 2017

Em um processo separado, 56 lutadores escreveram cartas solicitando ao juiz que o aprovasse, garantindo a eles um alívio financeiro, e que seria pago muito antes do caso ir a julgamento, impedindo que possivelmente ficasse preso a apelações durante anos. 

Um novo processo conta com mais 51 lutadores, incluindo ex-campeões do UFC, pedindo ao juiz para aprovar o acordo. Em suas cartas, eles detalham desde danos cerebrais a um pescoço quebrado, além de várias outras lesões graves sofridas enquanto lutavam.

As informações foram reveladas pelo jornalista John S. Nash.

Nomes como Fabrício Werdum, Lyoto Machida, Miguel Torres e Bethe Correia, todos ex-lutadores do evento, estão entre estes novos lutadores que reforçaram a solicitação.

Ex-campeão peso-pesado do Ultimate, Werdum revelou em sua carta os danos que sofreu em sua carreira de lutador.

“Enquanto lutava pelo UFC, sofri muitas concussões. Temo que durante minha carreira eu tenha sofrido traumatismo cranioencefálico (TCE) e esteja percebendo sintomas comuns com TCE e CTE (encefalopatia traumática crônica), incluindo irritabilidade, raiva, ansiedade, insônia e perda de memória. Tenho muitas lesões e cicatrizes no meu cérebro, e tenho um cisto que está localizado centralmente no meu cérebro, tornando a cirurgia até agora impossível. Eu monitoro esse cisto com exames semestrais para determinar se ele está crescendo. Até o momento, nenhum tratamento para CTE foi encontrado. Isso realmente seria um dinheiro transformador para mim e para outros membros da classe. Esses fundos também permitiriam que eu e minha família terminássemos a construção de nossa casa no Brasil”

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