segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Condenada a apedrejamento no Irã sofre ameaças na prisão, diz ONG
No mesmo dia em que ativistas realizavam protestos contra o apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani em várias cidades pelo mundo, autoridades da prisão de Tabriz, onde a mulher de 49 anos está presa após condenação por suposto adultério, era informada que seria executada ao amanhecer de domingo (29), informa o Comitê Internacional contra Apredrejamento.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (30), a ONG que lidera os protestos contra a execução da iraniana diz que agentes da prisão chegaram a pedir que Sakineh escrevesse um testamento.
Manifestantes seguram placas em protesto em Paris, na França, contra a condenação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani por apedrejamento no IrãManifestantes seguram placas em protesto em Paris, na França, contra a condenação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, no sábado (28) (Foto: Reuters)
“Ela esperou por sua execução a noite inteira. Amigos de Sakineh na prisão mostraram prestaram solidariedade e tentaram acalmá-la. Entretanto, até o meio dia do domingo (29), não houve informações de quando a sentença seria cumprida”, diz o texto assinado pela também iraniana Mina Ahadi, coordenadora da ONG.
No comunicado, o Comitê contra o Apredejamento condena o comportamento das autoridades iranianas com os setenciados à morte. “Esta falsa preparação para uma execução é um indicativo da falta de direitos humanos com os detidos. Ao longo dos anos, o regime vem ameaçando prisioneiros com execuções para intimidá-los e torturá-los psicologicamente".
O ministério iraniano das Relações Exteriores informou no sábado (28) que não foi tomada nenhuma decisão final sobre a condenação à morte por apedrejamento de Sakineh Ashtiani.
Segundo o ministério que a pena foi "suspensa" e que o veredicto está sendo "examinado".
"Para as penas muito graves, há um procedimento particular e longo. A sentença está em exame, e quando a justiça chegar a uma conclusão, ela será anunciada", disse à agência de notícias France Presse um porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ramin Mahmanparast.
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