
Escrevo este texto enquanto cidadã. Não sou profissional da área de jornalismo, mas sinto o quanto ela é importante para nós, membros desta sociedade. Ontem foi anunciado no Jornal local da Tv Bahia, no horário de meio dia, que a justiça decretou que a COELBA anule as taxas abusivas cobradas. Ponto para a sociedade, graças ao jornalismo. Para quem não acompanhou a estória, irei aqui fazer um breve resumo do ocorrido.
Neste ano, alguns consumidores de energia foram surpreendidos por receberem em suas residências a conta de luz com um aumento de até 800%. Tal perplexidade se devia ao fato de o aumento ocorrer com a manutenção de hábito quanto ao gasto de luz, segundo os consumidores. Ainda que houvesse um aumento no uso, não há aumento de consumo que justifique 800% de crescimento sobre o valor total a ser pago, isso no período de um mês.
A partir daí entra o que eu chamo de força do jornalismo. Os jornalistas da TV Bahia levaram os casos de alguns destes consumidores para as notícias televisivas. Paralelamente, procuraram a COELBA para saber a justificativa da mesma. Esta afirmou que o aumento de calor poderia gerar o acréscimo na taxa. Ninguém se convenceu, logicamente. Salvador já passou por dias mais quentes e nem por isso o valor das contas de luz ultrapassou a camada da ionosfera. Os jornalistas entrevistaram profissionais da área de Direito, aos quais aconselharam aos que se sentiram lesados a entrarem uma ação contra a COELBA na promotoria pública e, preferencialmente, em conjunto com outras pessoas lesadas pelo mesmo motivo.
Continuamente, os telespectadores eram informados sobre o trãmite dos processos, até que ontem foi dado o veredito, benéfico para aqueles que se sentiram prejudicados. Assim, sinto-me na segurança de afirmar que, se não fossem os profissionais do jornalismo, provavelmente oc caso não teria sido resolvido em um tempo hábil. As leis existem, mas quem disse que todos cumprem? Assim, o jornalismo acaba exercendo um importante papel de fiscalizá-las, noticiando quaisquer irregularidades e acompanhando o processo de resolução das mesmas. Que bom que existe o jornalismo para fazer este papel. Assim, mais do que formadora de opinião, atualmente é uma área que protege os direitos do cidaão. Este aumento de responsabilidade dos profissionais desta área é mais uma justificativa para que o diploma de jornalista não perca seu valor. Não dá para brincar de fazer notícia.
Detian Almeida, Fonoaudióloga.
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