Após críticas, Facebook altera controle de privacidade

Sob o fogo de críticas pesadas à sua nova política de privacidade, o Facebook capitulou. O próprio executivo-chefe do maior site de relacionamentos do mundo, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira novas regras para aumentar a proteção da privacidade de seus estimados 500 milhões de usuários. Zuckerberg afirmou que, mesmo com as configurações-padrão, continuará sendo relativamente fácil encontrar informações sobre outros usuários, como parte dos esforços da companhia de encontrar um meio-termo entre proteger os direitos de privacidade de seus usuários e promover a sociabilidade na internet. "Usuários adotam o serviço porque adoram compartilhar informações", disse Zuckerberg, segundo a agência Reuters. "As pessoas acham que não nos importamos com sua privacidade, mas não é verdade ... Há um equilíbrio". Entre as alterações estão a possibilidade de bloquear o acesso de aplicativos de terceiros a suas informações. Também será possível tornar informações menos disponíveis no diretório de usuários do Facebook. Uma das críticas que vinham sendo feitas ao site era de que as opções de compartilhamento não eram claras. Agora os usuários contam com uma tela com todas as opções. Numa entrevista coletiva, Zuckerberg admitiu que o site tem dificuldades em entender as necessidades de seus usuários para proteger as próprias informações. Ele lembrou que ao ser criado, em 2004, o Facebook era um site totalmente aberto, já que a maioria dos usuários - estudantes da Universidade de Harvard, onde ele também era aluno - se conhecia. Com o passar dos anos, a rede deixou o campus e tornou-se um fenômeno mundial. A polêmica recente envolve as novas regras de privacidade, anunciadas em abril. Ao introduzir o botão "curtir", o Facebook permitiu não apenas que material externo seja publicado diretamente nos perfis dos usuários, mas que serviços de busca tenham acesso a estas informações. Segundo Zuckerberg, os usuários agora têm a opção de impedir este acesso.