
A profissão de jornalista exige um alguém que saiba trabalhar com as diferentes formas de captação e difusão da notícia. Dessa maneira, é dever do jornalista conceber a comunicação como algo amplo, que incorpore o receptor no processo de transmissão da mensagem, ou seja, ser jornalista, nos dias de hoje, é abrir canais para a interatividade.
Ser jornalista é ter responsabilidade social, responsabilidade de construir uma sociedade democrática, onde diversos discursos têm lugar. Na atualidade, com o avanço tecnológico dos meios mais tradicionais de comunicação, o jornalista parece perder o seu papel de divulgador de informação. No entanto, o jornalista continua como principal defensor da liberdade de expressão e analista dos acontecimentos diários.
A atividade jornalística não é hoje a romântica profissão dos anos 40, 50 ou 60, em que o repórter era o intelectual freqüentador de bares noturnos, vivendo cercado de artistas, escritores e músicos. O jornalista teve a sua carga horária aumentada, tornando o profissional da redação menos crítico e mais pobre na sua formação cultural.
Assim, o dever e as necessidades da profissão na atualidade são a antítese da atual situação do jornalista. Deve-se promover uma comunicação de mão dupla, mas as hierarquias das redações e a sobrecarga de trabalho impedem este trabalho. O repórter tem que zelar pela construção de uma sociedade justa, mas pouco sai da redação e não conhece os verdadeiros problemas sociais do seu público leitor. Deve refletir sobre os acontecimentos, mas não possui uma formação sólida que sustente seus argumentos.
Esta profissão procura o contraditório no discurso alheio e não percebe as contradições de sua profissão. Portanto, o verdadeiro jornalista é aquele que está atento para os desvios da sociedade e para os desvios de seu ofício, pois só isto permitirá uma atualização no trabalho e credibilidade perante o público leitor.
Jobson Santana
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