Para relembrar o dia mundial de combate a Tuberculose, o Hospital Octávio Mangabeira (HOM) irá promover um ciclo de palestras na sua sede localizada no complexo César de Araújo no bairro do Pau Miúdo. O evento, o VI Seminário sobre o controle da Tuberculose, irá acontecer no dia 27 de março. O evento faz parte de mais uma iniciativa do hospital considerado como referência Norte-Nordeste no tratamento da doença. A instituição possui 250 leitos e realiza em média 220 atendimentos por mês, além de prestar serviços ambulatoriais e cirurgias torácicas pulmonares. O hospital oferece tratamento gratuito e colhe dados sobre a incidência da enfermidade na Bahia. Só no ano passado foram 847 atendimentos de suspeita da doença no estado Desde 847 casos, foram confirmados 532 casos do tipo Tuberculose crônica que é resultado da combinação de drogas com álcool. O HOM tem um importante papel social, pois oferece tratamentos e suportes psicossociais aos portadores da doença. Segundo a coordenadora do Programa Estadual da Tuberculose (PET), Rosângela Palheta, todos os segmentos da sociedade devem elaborar ações que culminem no enfrentamento da doença. Uma atenção especial deve ser dada as pessoas de grupo de risco. São elas as que vivem em precárias condições socioeconômicas, os moradores de rua e as pessoas privadas de liberdade. O trabalho da instituição é divulgado pela SESAB, pelo Ministério da Saúde além da divulgação dos usuários. Por ter seu trabalho reconhecido mundialmente, países como Holanda, Bélgica e EUA fazem intercâmbios no HOM a fim de adquirir conhecimentos da doença. Apesar de sua importância o hospital possui apenas duas ambulâncias, três macas e oito médicos, sendo 6 especializados no tratamento da enfermidade. Um grande problema enfrentado pelo HOM é o abandono demasiado do tratamento. De acordo com as enfermeiras locais Joana Angélica e Nilzete Noventta o consumo de álcool e de drogas são os grandes responsáveis pela alta taxa de desistência. Como o medicamento não pode interagir com álcool e drogas, muitos pacientes preverem abandonar as medidas necessárias para que se atingam a cura. Até o ano passado o Governo do Estado oferecia auxilio alimentação e vale transporte. Porém houve uma estagnação do programa, por conta que muitos pacientes abandonavam o tratamento para comprar bebidas e drogas. De acordo com Joana Angélica, a Tuberculose é uma doença social, ou seja, atinge a classe mais pobre. Isto ocorre porque essas pessoas têm alguns problemas que contribuem para a contaminação, como subnutrição e o não acesso a saneamento básico. Assim, diminuir a desigualdade social acaba por ajudar indiretamente no controle da tuberculose. No próximo dia 4, é comemorado o Dia Municipal de Mobilização na Luta contra a Tuberculose em Salvador. Para comemorar esta data, o Programa Municipal de Controle da Tuberculose da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoverá uma mobilização, na Praça da Piedade, das 9 às 17 h, com o apoio do Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (LACEN) O LACEN é um órgão público vinculado à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia através da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde – SUVISA. Sua principal função é realizar atividades voltadas à assistência integral à saúde, estando suas principais ações fundamentadas em critérios epidemiológicos, tanto no campo das análises clínicas quanto na resolução dos problemas. Juntamente com HOM e o LACEN, serão realizadas ações educativas, visando esclarecimento de dúvidas junto à população.
Jobson Santana e Detian Almeida. 21-03-08
segunda-feira, 5 de maio de 2008
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