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sábado, 5 de janeiro de 2008

Assim caminha a humanidade

A cada instante vemos cenas de violência na TV, sendo elas inseridas nas principais mídias sejam elas, em seriados, reportagens, cinemas, ou até mesmo jogos.
A violência está se tornando um meio comum de tirar a vida do próximo. Segundo a Bíblia Sagrada, mais especifíco os dez mandamentos da Lei de Deus, o 5º mandamento afirma "Não matar", só que em nossa atual sociedade vive-se em mundo onde o reino dos céus está tão próximo da destruição, como o cantor e compositor Lulu Santos afirma na sua música "Retorno do Maia Intergalático".
Ontem mesmo, dia 04 de janeiro de 2008, a novela das oito "Duas Caras" exibiu cenas de violência exarcebada, onde o personagem "Juvenal Antena" vivenciado pelo ator Antônio Fagundes, apareceu com uma bazuca atirando contra seus inimigos.
Recentemente, no estado do Rio de Janeiro, um garoto de 7 anos cortou a garganta do seu colega de 8 na escola.
Para o psicólogo André Marques, afirma que nossos jovens estão cada vez mais violentos, onde a violência, agressão fisíca e até mesmo assasinatos estão ocorrendo por conta dos jogos. Os jogos onlines fazem dos nossos jovens "matadores de aluguel". Segundo o próprio André "Esses jogos são bastante complexos, pois estimulam o raciocínio lógico dos jovens, onde eles apresentaram dificuldades, e até mesmo uma maior apitidão na maneira de agir, uma maior sagacidade na maneira de ver e encarar o mundo.
Já a Profª. Dr Vera Toledo Piza resume com bastante nitidez o assunto em questão. "Falar em indústria cultural, voltada para o tema violência, hoje é instigar polêmica, uma vez que se liga a uma característica específica do mundo capitalista. A indústria, em si, tanto pode incluir a produção de um objeto de consumo, como certa marca de sabão em pó, quanto a arte, em suas diversas modalidades, também como produto a ser consumido, mas com uma diferença: a arte é um produto voltado para uma indústria cultural". Theodor W. Adorno foi o criador desse termo.
A expressão indústria cultural refere-se a um assunto bastante polêmico nos dias de hoje, dado todo o progresso tecnológico alcançado no final do século XX e inícios do XXI. Mais ainda o seria quando fora empregada por Adorno e Horkheimer na obra escrita por ambos, Dialética do Iluminismo, datada de 1947. Atualmente, numa época em que a industrialização está mais do que consolidada em quase todo o mundo, que produtos podem ser ou não considerados industriais? E quanto à cultura: pode ela, atualmente, ser vista como fruto de um processo industrial? Que tipo de relações podem-se estabelecer entre produtor industrial e produtor cultural? E entre produtor cultural e público consumidor de cultura? Que fronteiras existem entre a cultura chamada erudita e a considerada popular? São essas fronteiras espontâneas ou foram definidas pela mídia, tendo em vista os objetivos dos produtores culturais? Adorno chama de indústria cultural ao que anteriormente concebia-se como "cultura de massas". Não é um tipo de cultura que surja espontaneamente do povo; tão pouco o que se pode conceber como cultura popular. A indústria cultural é uma produção dirigida para o consumo das massas segundo um plano preestabelecido, seja qual for a área para a qual essa produção se dirija. Em outras palavras, deve-se ter em mente que há uma estreita inter-relação entre a produção e o consumo, a primeira determinando o que deve ser consumido e vice-versa. Para a indústria cultural, tanto faz que esse produto seja um espetáculo lírico difundido pela mídia eletrônica globalizada ou um show de dupla sertaneja, como outro produto qualquer, que tenha gerado nas massas a necessidade de consumo. A mídia pareceria entender, pois, um dos aspectos mais transparentes da iniciativa privada, ou seja, a mutabilidade constante do produto a ser vendido. Essa assertiva indicaria que os manejadores da mídia, dela conhecendo os caminhos por vezes escusos, podem ter passado por empresas as mais diferentes e participado do esforço do marketing visando ao lançamento de produtos, entendendo-se do creme dental a um trator. Contaminado, esse agente que manobra a mídia, ou dela integrante, incensará hoje um músico do "povão", que será fatalmente substituído amanhã. (MARTINS, 1993:15). De um modo geral, o denominador comum da indústria cultural, como de qualquer processo industrial, é, como diz Adorno, a produção para o consumo das massas.
Jobson Santana 05/01/08

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá mozinho! Amei o texto! Vc conseguiu brilhantemente relacionar a violência atual como produto do sistema capitalista, que usa como instrumento a indústria cultural. Parabéns, gosto de ler críticas mais profundas, buscando a causa na sociedade e vc fez isso!

Anônimo disse...

Jobson, o texto apresentado por você converge na porta até então trancada pela mídia, com a intenção de impossibilitar o conhecimento aos alienados de hoje: que só se deparam com o medo! A manipulação em massa (em qualquer assunto) desarma o indivíduo de enxergar o que se encontra acima dos jornalistas-marionete de hoje: o poder da impiedosa burguesia!

Anônimo disse...

Nossa,
este rapaz vai longe!!!!

Belissimo texto, soube expressar-se de forma espetacular!

Continue assim!
bjocas

Unknown disse...

Pois é,a violêcia literalmente está tomando conta da cidade,como diz um trecho de uma música de certo cantor chamado[Gabriel o pensador]
E a mídia contribui muito para que isso tudo aconteça com mais proporção.
Todos nós temos um grande papel
na sociedade,nosso dever não é só falarmos hipócritamente que a paz tem que fazer parte da humanidade,mas também colocarmos em prática em nosas vidas,seja de qual forma.
Joba,parabéns meu grande amigo,por está lembrando a todos nós que somos todos uma grande família!
Bjos