O Ministério da Saúde informou que as pacientes em tratamento de endometriose vão contar com duas novas opções de tratamento de base hormonal no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda em 2025, o Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel serão incorporados à rede de saúde pública de todo o Brasil.
Nas mulheres que têm a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias.
Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva no mundo todo, representando mais de 190 milhões de pessoas.
No Brasil, o SUS registrou mais de 53.793 atendimentos especializados em 2024.
O Ministério deu mais detalhes sobre os novos tratamentos. O DIU-LNG, que pode ser conhecido pelas marcas mais conhecidas como Mirena ou Kyleena, suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero, sendo uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados (COCs).
A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.
Já o desogestrel é um anticoncepcional hormonal que atua principalmente inibindo a ovulação, que pode reduzir a dor e dificultar a progressão da doença.
Ele age bloqueando a atividade hormonal, que impede o crescimento do endométrio fora do útero. Esse medicamento poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, pode ser prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames.
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