sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Chile: estudantes rejeitam resposta do Governo e pedem mobilização
Os estudantes chilenos rejeitaram nesta quinta-feira a contraproposta do governo, que só aceitou dois dos quatro itens apresentados pelos alunos para destravar o conflito estudantil que se estende no Chile há quatro meses, e convocaram uma nova mobilização para a próxima quinta.
"O governo volta a romper a possibilidade do diálogo", disse na noite desta quinta-feira o vice-presidente da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), Francisco Figueroa, que falou com os jornalistas no lugar da líder dos universitários, Camila Vallejo.
Em 8 de setembro, os estudantes condicionaram sua presença nos grupos de trabalho para o diálogo a quatro pontos: assegurar transparência no diálogo, não entregar recursos públicos a instituições que visam ao lucro, suspender a tramitação dos projetos de lei enviados ao Parlamento e adiar o calendário acadêmico que fixa 10 de outubro como início do segundo semestre.
O ministro da Educação do Chile, Felipe Bulnes, respondeu na tarde desta quinta que o Executivo está disposto a aceitar os dois primeiros pontos, mas rejeitou as exigências dos estudantes de adiar o encerramento do primeiro semestre acadêmico nas universidades e paralisar os projetos de lei em matéria educacional que foram enviados pelo Executivo ao Congresso.
Figueroa disse que a Confech acordou em Valparíso, onde os estudantes se reuniram para analisar as propostas do governo, convocar uma nova mobilização nacional para a próxima quinta-feira.
Já o ministro Bulnes fez um apelo para que os estudantes do ensino médio, os universitários e também a direção do Colégio de Professores "trabalhem já a partir de amanhã", porque os prazos estão correndo e é fundamental normalizar as atividades acadêmicas o mais rápido possível.
Universitários e estudantes do ensino médio do Chile estão em greve desde meados de maio para exigir que o governo volte a administrar o ensino primário e secundário, que as instituições privadas sejam proibidas de lucrar com a educação e que fique garantido na Constituição o direito a uma educação pública e de qualidade.
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