terça-feira, 13 de setembro de 2011
Após 3h de depoimento, tenente nega envolvimento em morte de juíza no RJ
O advogado Saulo Sales, que defende o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes, disse no início da noite desta terça-feira (13), que o seu cliente é inocente de todas as acusações a respeito da morta de juíza Patrícia Acioli. O PM foi ouvido por mais de três horas, na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Segundo o advogado, no depoimento, o policial respondeu a várias perguntas e deu detalhes sobre o que fazia no dia do crime.
“Ele (o tenente) disse que estava perto do fórum de São Gonçalo porque a advogada dele que o defende no caso da morte de um jovem de 18 anos, no Morro do Salgueiro, tinha entrado em contato com ele. Ele teria ido ao fórum para encontrar a advogada que informou que a juíza ia decretar a prisão dele. Ele negou tudo e vamos trabalhar para demonstrar a sua inocência. Não há nada de concreto contra ele”, disse o advogado.
Sales informou que só passou a defender o tenente neste caso e que desconhece os processos sobre os homicidios a que ele responde por auto de resistência. O advogado chegou a dizer que o PM estava de serviço no dia do crime da juíza. Mas ao ser questionado pelos jornalistas, voltou atrás e disse que não sabia detalhes.
O advogado negou que haja imagens de seu cliente nas imediações da casa da juíza e disse que faltam provas robustas para incriminar o tenente pela morte da magistrada.
Além do tenente, outros dois policiais militares suspeitos do crime também devem prestar depoimento nesta terça-feira, na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, na Zona Oest.
A juíza Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros, no dia 12 de agosto, quando chegava em sua casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. De acordo com a polícia, a magistrada sofreu uma emboscada e foi atingida por 21 tiros. A polícia mantém em sigilo as investigações do crime.
Os três policiais passaram a madrugada na delegacia e na segunda (12) tiveram uma conversa preliminar com os agentes. Ainda de acordo com a polícia, cerca de 90 agentes foram às ruas para cumprir 18 mandados de busca e apreensão. Eles percorreram endereços de pessoas relacionadas aos três policiais e buscaram mais provas do caso para incluir no inquérito.
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