A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira (22) o primeiro medicamento indicado para tratamento de comprometimento cognitivo leve ou demência leve associados à doença de Alzheimer sintomática inicial.
O Kisunla (donanemabe), fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína beta-amiloide.
Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro e o medicamento atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, prometendo um retardamento da progressão da doença.
O produto injetável, administrado uma vez por mês, será comercializado em embalagem de ampola com doses de 20 mililitros sob prescrição médica e não é recomendado para pacientes de Alzheimer portadores do gene da apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4).
Existe ainda a contraindicação do medicamento para pacientes que estejam tomando anticoagulantes (incluindo varfarina) ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral.
As reações mais comuns do medicamento são relacionadas à infusão, como febre e sintomas semelhantes aos da gripe, e dores de cabeça.
O donanemabe foi aprovado em julho do ano passado nos Estados Unidos, um ano após o Laqembi (lecanemabe), também destinado ao tratamento de Alzheimer.
Os dois, no entanto, são alvos de controvérsias na comunidade médica. Alguns especialistas dizem que, embora sejam os medicamentos mais eficazes até agora contra a doença, é uma eficácia ainda muito limitada.
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