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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

8 em cada 10 indígenas moram em áreas urbanas na Bahia; 13,6% dos povos originários são analfabetos

Na Bahia, oito em cada dez indígenas viviam em áreas urbanas em 2022: 78,5% do total desta população, segundo pesquisa do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (19).

Esse índice corresponde a um aumento de quase cinco vezes, passando de 38.058, em 2010, para 180.035 em 2022, ou seja, um crescimento de 373,1% em 12 anos.

 

A proporção de indígenas urbanos na Bahia é a sexta maior entre os estados e está muito acima da nacional no mesmo período. No Brasil, 54,0% dos indígenas (914.746) moravam em centros urbanizados, o que representa uma evolução no Brasil como um todo e em outras 14 das 27 unidades da Federação.

 

Nas áreas rurais do estado baiano, também, houve um crescimento importante e a população indígena pouco mais que duplicou, de 22.062 para 49.408 pessoas (+124,0%), nos intervalos das pesquisas do órgão. 

 

A Bahia é o estado com a 2ª maior população indígena no Brasil: 229.443 pessoas, o que representa 1,6% de toda a população baiana, sendo a 5ª maior proporção entre os entes federativos e o dobro da proporção nacional: 0,8% da população brasileira é indígena, o que equivale a 1,695 milhão de pessoas.

 

ANALFABETISMO


Dentre as pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade que vivem em áreas urbanas na Bahia, 13,6% não sabiam ler nem escrever em 2022 (20.184). Essa proporção era 4,6% maior do que a verificada entre todos os habitantes, não indígenas, do mesmo tipo de espaço no estado.

 

Ainda assim, a taxa de analfabetismo entre os indígenas urbanos na Bahia (13,6%) era quase a metade da registrada para os indígenas baianos que viviam em ambiente rural: 25,7% deles (1 em cada 4) não sabiam ler nem escrever (9.601, em números absolutos)


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