A União Europeia estima que os preços de energia continuarão altos no continente até pelo menos o final de março e publicou nesta quarta-feira (13) um guia de medidas de curto prazo para reduzir o impacto sobre consumidores.
Em média, segundo a Comissão Europeia (Poder Executivo do bloco), o custo da eletricidade no atacado neste final de ano é o triplo do registrado no ano passado, principalmente por causa da alta no preço do gás.
O combustível, por sua vez, teve seu custo impulsionado pela recuperação pós-pandemia e por um forte aumento de demanda na Ásia. Em 1º de outubro, quando começa o ciclo anual do mercado de gás, os preços eram recordes históricos na Europa e na Ásia, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
Na UE, que importa mais de 90% do gás que consome, os preços do combustível dispararam entre agosto e setembro, atingindo 400% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Comissão.
A geração a gás fornece, em média, de um quinto e um quarto da energia da UE, mas o preço do combustível teve impacto direto no custo da eletricidade mesmo em países como a Suécia, onde essa fonte não chega a 2% das utilizadas.
Isso ocorre porque o mercado atacadista do bloco é unificado e seu sistema de formação de preços é baseado na fonte mais cara usada para atender à demanda total.
Os preços do gás já vinham sendo pressionados pela retomada da atividade econômica após o início da vacinação contra a Covid, e um verão mais quente que o esperado em alguns países aumentou o consumo de energia para refrigeração, dificultando a reposição dos estoques.
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