O ex-jogador Burak Karan, que atuou sete vezes por seleções de base da
Alemanha, morreu aos 26 anos no último mês de outubro, ao combater em
guerra na Síria. Há a possibilidade de que Karan estivesse ligado à
Al-Qaeda, porém estava na Síria para ajudar a população local no combate
contra o ditador Bashar Al-Assad.
A história foi revelada nesta segunda-feira pelo jornal alemão Bild.
Ele morreu atingido por uma bomba armada por seguidores de Al-Assad.
Karan tem origem turca, mas nasceu na Alemanha. Segundo seu irmão, ele
deveria ter voltado para a fronteira entre Turquia e Síria há sete meses
ao lado da esposa e de seus dois filhos, mas permaneceu em combate no
país do Oriente Médio.
Enquanto jogador, Karan foi revelado pelo Alemannia Aachen, das
categorias inferiores do futebol alemão, e atuou cinco vezes pela
seleção sub-16 e duas pela sub-17 do país como volante. Pelas equipes
nacionais, chegou a jogar ao lado de Khedira, atualmente no Real Madrid,
e de Kevin-Prince Boateng, jogador do Milan e que, como adulto, optou
por atuar pela seleção de Gana.
Ele abandonou o futebol aos 21 anos, em 2008, para se juntar à causa
jihadista no Oriente Médio. Em vídeo na internet, Karan aparece armado e
afirmando que combatia em nome de Alá.
As ligações de Karan com condenados de guerra, como Emrah Erdogan,
também de origem turca, chegaram a ser investigadas pela Justiça alemã,
sob o argumento de apoio a uma organização terrorista estrangeira.
A seleção da Alemanha conta com diversos jogadores de origem
estrangeira, incluindo turcos, na atualidade. Özil é neto de turcos,
Klose e Podolski nasceram na Polônia, Boateng tem nacionalidade ganesa e
Khedira tem ascendência tunisiana, por exemplo.
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