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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

38% das cidades estão em risco ou alerta para dengue, zika e chikungunya

Levantamento coordenado pelo Ministério da Saúde indica que 1.496 cidades brasileiras estão em situação de alerta ou de risco para surto de dengue, zika e chikungunya no próximo verão. Isso representa 38% do total de cidades que fizeram a avaliação, batizada de Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Nove entre cada 10 municípios que fizeram o levantamento apresentam situação de risco.



Entre capitais, estão em estado de alerta Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Vitória (ES), Recife (PE), Natal (RN), Porto Velho (RO), Aracajú (SE) e São Luis (MA). As capitais Belém (PA), Boa Vista (RR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Rio Branco (AC) não informaram os dados ao Ministério da Saúde.

Técnicos do Ministério da Saúde afirmam não ser possível fazer uma comparação com o LIRAa do ano anterior, em virtude do aumento expressivo das cidades participantes. Ano passado, fizeram o LIRAa 2.282 cidades. Desta vez, foram 3.946, um aumento de 73%.

O armazenamento de água em toneis e barris foi o principal tipo de criadouro de mosquito Aedes aegypti nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. No Norte e Sul o maior número de criadouros foi encontrado em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na região Sudeste predominou os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água e pratos.

Até 11 de novembro de 2017, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016. Na mesma data, haviam sido registrados 184.458 casos prováveis de febre chikungunya, também uma redução de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A zika também registrou este ano uma queda expressiva de número de casos. Foram 16.870 casos prováveis 92,1% em relação a 2016 (214.126).

Aedes aegypti


Estados castigados pela epidemia de zika em 2016 e que tiveram altos números de crianças com microcefalia este ano têm um alto índice de criadouros de Aedes aegypti, o mosquito transmissor de dengue, da chikungunya e da zika.

Das cidades analisadas em Pernambuco, por exemplo, 71,74% apresentaram situação de risco e alerta (respectivamente 47,83% e 23,91%) para a doença.
Na Paraíba, a situação é ainda mais grave. Das cidades analisadas, 50,67% apresentaram níveis de criadouros que indicam estado de alerta e 24,22% em situação de risco.

A Bahia é o segundo estado do país com risco de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. O estado só perde para o Rio Grande do Norte, em número de cidades com perigo de dengue, zika e chikungunya.
No estado de São Paulo, 65 cidades estão em estado de alerta. Nenhuma das avaliadas está em situação de risco. Já no Rio 21 cidades estão em situação de risco. 

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