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sábado, 13 de maio de 2017

Mulher de Cunha pede absolvição ao juiz Sérgio Moro

Ré em ação penal por crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro supostamente oriundo do esquema de propinas atribuído a seu marido, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), a jornalista Cláudia Cruz alega, por meio de seus defensores, que o próprio magistrado reconheceu que sua conta na Suíça 'não recebeu qualquer valor proveniente dos supostos atos de corrupção na África'.




Em alegações finais, fase derradeira do processo, os advogados de Cláudia destacam que 'esses recursos permaneceram nos trusts de Eduardo Cunha'. "Portanto, os valores gastos nos cartões de crédito não têm qualquer relação com a suposta corrupção".

O documento é subscrito pelos advogados Pierpaolo Bottini, Cláudia Vara San Juan Araújo, Stephanie Guimarães e Igor Tamasauskas.

Em abril, também em alegações finais, a força-tarefa do Ministério Público Federal pediu condenação de Claúdia a pena de prisão 'em regime fechado'. Os procuradores sustentam que a conta da mulher do ex-presidente da Câmara recebeu mais de US$ 1 milhão 'provenientes de crimes praticados pelo marido'. O dinheiro teve origem, destacam os investigadores, na propina que o peemedebista teria recebido em negócio da Petrobrás na compra de campo de petróleo de Benin, na África, em 2011.

A defesa de Cláudia rechaça essa versão e usa como argumento principal trecho da sentença que o próprio juiz Moro impôs a Eduardo Cunha - 15 anos de prisão na Lava Jato.

Na sentença contra o peemedebista, Moro destacou, na página 98, que os valores depositados na conta de Cláudia Cruz 'não foram provenientes de vantagem indevida decorrente do contrato de aquisição pela Petrobrás dos direitos de exploração do Bloco 4 em Benin'.

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