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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Assessor de Cabral atuava como testa de ferro na compra de joias

Investigação do Ministério Público Federal (MPF) aponta que o casal Pedro Ramos de Miranda, assessor pessoal de Sérgio Cabral, e Aline Jeucken da Silva funcionava como testa de ferro do ex-governador e da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo na compra de joias na Antonio Bernardo e na H. Stern. No total, as compras, destinadas a Cabral e Adriana, somaram mais de R$ 7 milhões. Ramos, subtenente do Corpo de Bombeiros, foi nomeado assessor do então governador no início de seu primeiro mandato, quando era sargento. Tornou-se “faz-tudo” de luxo do peemedebista. Hoje, segundo o Corpo de Bombeiros, é subtenente da reserva.



Ramos é o motorista que a Polícia Federal identificou ter comprado cerca de R$ 4 milhões em joias desde 2007, na operação realizada semana passada. Há registros de compras em nome do bombeiro. Segundo a PF, no entanto, as joias foram escolhidas e pagas pelo próprio Cabral.

Ramos, como era tratado pelos investigados em suas trocas de mensagens, trabalhou para Cabral como servidor cedido à Secretaria da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro até 1º de abril de 2014, data próxima à renúncia do governador. Ele voltou ao Corpo de Bombeiros, onde aparece na reserva, mas, segundo as investigações, continua servindo a Cabral.

No conteúdo das mensagens obtidas pela força-tarefa da investigação, há pedidos de agendamento de reuniões, compra de presentes, impressão de documentos e pedidos de saque em dinheiro por meio de cheque ao portador emitido por Cabral. Um bilhete anexado a um e-mail traz uma lista de valores e despesas pessoais de Cabral, como um máquina fragmentadora, destinada à destruição de papéis.


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